4 Pilares da Autoestima (emocional)
- Sophia Volpe
- 7 de mar. de 2024
- 5 min de leitura
Já parou para pensar na profundidade e complexidade da nossa autoestima? Por anos lutei contra uma autoestima baixa, dando "tiros no escuro", tentando melhorá-la no geral ao invés de parar para entender quais os pontos específicos que eu precisava ter como foco.
Concorda comigo que, se eu não souber onde está havendo um incêndio, eu não sou capaz de apagá-lo? Assim como, se eu não sei onde está o ferimento, ou a causa, não consigo tratá-lo devidamente.
Pensando nisso, resolvi fazer um post simples sobre quatro áreas que a autoestima abrange. Observação: não estão em uma ordem de importância ou prioridade.
O que é autoestima?
Resumidamente, a forma como você "se estima" (ah, não me diga!). Brincadeira à parte, ela envolve a forma como você se valoriza, se percebe e vê. Tanto em aspectos materias (seu corpo físico) quanto em imateriais (sua análise subjetiva de você mesmo).
Pilar 1: Autoconceito.
O Autoconceito é um pilar imaterial que envolve o seu "conceito", a sua opinião de si mesmo.
Ele pode ser percebido em pensamentos relacionados a "eu sou/ eu deveria ser". Por exemplo, em um contexto autodepreciativo, se eu cometo um erro simples no trabalho ou na prova da escoa/faculdade e digo "eu sou uma idiota mesmo!", reflete um autoconceito deturpado. Ele não é fixo e pode ser modificado a todo momento com base no que os outros dizem (desde que levemos para o coração) e no que você acha.
Quando eu entendi que meu autoconceito estava baseado em pensamentos negativo ao meu repositor, decidi prestar mais atenção para que, quando percebesse esse padrão se repetindo, mandar um contra pensamento "Não! Eu me recuso a achar que sou idiota, posso ter cometido um erro idiota, mas isso não define quem eu sou". Isso é de muita importância, pois a forma como você se vê internamente molda sua realidade. Se eu me acho idiota, posso me autossabotar, mesmo inconscientemente, para cometer erros e realizar ações para "alimentar essa visão".
Como esse post é mais introdutório, não vou me aprofundar tanto ainda :)
Pilar 2: Autoimagem
A autoimagem é focado no material, no físico. Ao se olhar no espelho, você se vê de acordo com o que a sua autoimagem diz. Como ela passa pelos seus sentimentos, sofre interferência deles. Portanto, se você estiver tendo um dia ruim, é provável que se olhe e foque nas partes que menos gosta em si, podendo até ter uma distorção de imagem.
Outro fator a se considerar é que, se você ouviu a sua vida toda um comentário sobre seu corpo que ficou marcado, pode ter uma autoimagem alterada. Por exemplo, se eu ouvi a vida toda que meu sorriso é lindo, tenho a tendência de gostar mais dele e me sentir mais segura. Ao contrário, se ouvi a vida toda comentário negativos sobre meu nariz, tenho a propensão de focar sempre nele, trazendo a insegurança.
Por isso, preste atenção nesses aspectos para não deixar que a opinião de terceiros afete sua autoestima. Não importa o que os outros disseram sobre você, lute para que não se torne a sua verdade e realidade. Há um ditado que ouvi uma vez: "você não pode impedir um pássaro de voar sobre a sua cabeça, mas pode impedi-lo de fazer um ninho nela". Não temos controle sobre o que nos acontece, o que importa, de fato, é o que fazemos com o que nos acontece. Você é linda do seu jeito único e especial, independente do que os outros dizem ou do que você mesma acredita.
Pilar 3: Autoreforço
O Autoreforço é o pilar relacionado à sua capacidade de se recompensar e elogiar, se "reforçando". Muitos seguem um ritmo de produtividade tóxica, não permitindo descanso, vivendo dentro de padrões altíssimos e, muitas vezes, irreais. Por exemplo, se eu atingi uma meta qual me dediquei muito, me recompenso. Nosso cérebro ama dopamina, um neurotransmissor liberado ao concluirmos algo que nos dá "combustível" para completarmos outro "algo". O TikTok funciona assim, quando você concluiu um vídeo e passa para baixo, dopamina é liberada, te fazendo querer mais daquilo, nesse caso ela vicia. Porém, quando você se recompensa, manda os estímulos certos ao seu cérebro para que tenha mais força para alcançar as próximas metas.
O Autoreforço tem outros três pilares:
Autoelogio - sua capacidade de se elogiar. Se sua amiga mais próxima, por exemplo, consegue comprar a viagem que tanto queria, tenho certeza de que ficaria feliz por ela e falaria algo como "Parabéns, amiga! Você conseguiu o que tanto queria!". Por que se tratar tão rigidamente se nem trata sua amiga mais querida assim? Diga a si mesma, "Eu consegui! Sou muito esforçada/inteligente/disciplinada". Não é arrogância reconhecer quem é. Contudo, claro, não é recomendado que faça isso em público, pois o autoelogio é você com você, ou seja, você não precisa da aprovação e validação alheia... ambos são mais sinais de baixa autoestima. Faz sentido?
Autocuidado - sua capacidade de se cuida e receber amor, como em uma skincare, noite de sono boa, fazer uma comida gostosa para si.
Autorecompensa - sua capacidade de se recompensar, como falamos anteriormente, seja tirando um tempo sozinha, saindo com amigas ou etc.
Pilar 4: Autoeficácia
A Autoeficácia é sua percepção da sua capacidade de "fazer", seja enfrentar desafios ou concluir objetivos. Quando acreditamos em nossa competência, estamos mais propensos a encarar desafios de frente e e perseverar nas adversidades, o que é um reflexo direto da nossa autoconfiança e, por sua vez, alimenta nossa autoestima.
Nese sentido, esse pilar é profundamente influenciado pela avaliação subjetiva da nossa percepção de capacidade. Essa avaliação não é apenas sobre o reconhecimento das habilidades e competências, mas também sobre a interpretação e o valor que atribuímos às nossas experiências. A forma como avaliamos nossas conquistas e fracassos modula a nossa autoeficácia: uma avaliação positiva de nossas capacidades pode elevar significativamente a nossa autoestima, enquanto uma avaliação negativa pode diminuí-la.
Além disso, a autoeficácia também se relaciona com a perspectiva sobre o futuro e a hipótese. Pensando em um contexto positivo, o sucesso nas ações que planejamos executar "vou conseguir" não é apenas um fala otimista, mas uma projeção de nossa capacidade em lidar com situações futuras, fundamentada em experiências passadas de sucesso. Essa percepção de que "consegui" no passado fortalece a crença de que "vou conseguir" novamente, criando um ciclo positivo de reforço da autoconfiança. Contudo, em um contexto negativo, quando estamos ansiosos pensamos "não vou conseguir" e o "vou" está no tempo futuro. Lute contra esses pensamentos de autossabotagem com o "consegui". Por exemplo, em uma prova da faculdade posso ficar ansiosa achando que não vou conseguir tirar uma nota boa, então substituo "posso não ter ido tão bem quanto gostaria na última prova, mas eu consegui estudar e entender a matéria muito mais dessa vez" ou "eu fui/consegui ir bem na última avaliação".
Conclusão
Esse post foi feito com o intuito de trazer a ti consciência sobre o quão profunda é nossa autoestima e a importância de a trabalharmos. Se você se interessou pelo assunto, tenho uma palestra no YouTube sobre isso. Vou deixar o link em anexo. Obrigada, de coração, por ter lido até aqui. Espero que tenha gostado e entendi. Até a próxima!

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